quarta-feira, agosto 29, 2007

 

Sem depois

Estranho tanto gostar despercebido,
tanto sorriso errando a mira,
tanta conversa jogada fora,
sem nem uma vez acertar nas entrelinhas

Estranho eu gostar tanto de te ver, e só
de ouvir suas opiniões, e só
de concordar ou discordar delas, e só
de ouvir você concordar com as minhas, e só

Eu sempre fui assim
De fazer poesias que nunca são lidas
De dar sorrisos que nunca foram percebidos
Uma vez só ousei passar dos limites, extravasar, colocar pra fora.
Funcionou, mas não valeu. Não valeu o que veio depois.

Melhor assim: eu aqui, você aí.
Os dois sorrindo.
Os dois conversando.
Os dois se gostando,
cada um do seu jeito
Sem depois.

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