segunda-feira, julho 23, 2007

 

Perdão

Esperou por muito tempo pelo perdão que nunca vinha.

Precisava dele para curar as feridas. Sentia o correr constante das lágrimas, a dor pungente, e imaginava que a única coisa que amenizaria a dor seria ele, o perdão.

Até que de repente, um dia, sem aviso, estranhamente, a dor diminuiu, sem motivo aparente. Percebeu então que não mais precisava dele, do perdão. E se perguntou se algum dia havia realmente precisado, ou se simplesmente aceitou a culpa que lhe fizeram acreditar que era sua. E se perguntou ainda se a culpa realmente existira.

Não esperou pela resposta. Sentiu a dor cessar imediatamente. Levantou-se, sacudiu a terra das vestes e dos cabelos e simplesmente seguiu em frente.

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