domingo, maio 28, 2006

 

"I'm Jack's broken heart"

Um estampido.

Sinto o gosto e o cheiro da pólvora, mas ainda assim não consigo ter certeza a quem o tiro atingiu, muito menos quem de nós puxou o gatilho. Quem terá sobrevivido?

Eu conheci o cara de vermelho, mas o problema é que ele nunca existiu. Ou se existiu, agora não existe mais, por conta da bala que atravessou sua cabeça. Observo a cena e me desespero ao ver tudo o que um dia amei, tudo em que um dia acreditei, da cabeça aberta agora se espalhar pelo chão, por ele ser absorvido, evaporar.

Eu não me apaixono por corpos, carne, sangue. Eu me apaixono por idéias. Até acreditava estar segura assim, porque acreditava que idéias eram à prova de balas. "Illusion of safety." Contrariando o que o homem sob a máscara uma vez sugeriu, essa bala matou muito mais do que carne e sangue. Essa bala matou as idéias que eu tanto amava. Carne e sangue foi, isso sim, tudo o que restou.

"You met me at a very strange time in my life"

terça-feira, maio 23, 2006

 

Bang Bang (My Baby Shot Me Down)

I was five and he was six
We rode on horses made of sticks
He wore black and I wore white
He would always win the fight

Bang bang, he shot me down
Bang bang, I hit the ground
Bang bang, that awful sound
Bang bang, my baby shot me down.

Seasons came and changed the time
When I grew up, I called him mine
He would always laugh and say
"Remember when we used to play?"

Bang bang, I shot you down
Bang bang, you hit the ground
Bang bang, that awful sound
Bang bang, I used to shoot you down.

Music played, and people sang
Just for me, the church bells rang.

Now he's gone, I don't know why
And till this day, sometimes I cry
He didn't even say goodbye
He didn't take the time to lie.

Bang bang, he shot me down
Bang bang, I hit the ground
Bang bang, that awful sound
Bang bang, my baby shot me down...

terça-feira, maio 02, 2006

 

Saudade do Verão

Estou do lado de dentro e não penso em sair, nem tenho vontade. Aqui dentro me sinto segura, acolhida. Tenho minhas próprias coisas pra cuidar. E preciso mesmo cuidar delas, pra que estejam prontas quando eu resolver sair.

As portas e as janelas eu mantenho fechadas. Abro-as apenas de vez em quando. As portas, apenas para receber meus amigos queridos. As janelas, apenas para receber os raios do sol, quando este também estiver afim de dar as caras. Mas tanto os amigos queridos quanto o sol, andam sumidos ultimamente.

Eu entendo. Deve ser tudo culpa do Outono. Antes de ele chegar eu não precisava de cobertores pra me aquecer, pois já estava eu mesma aquecida. Aquecida pelos raios do sol, aquecida pelo carinho e pelo amor dos amigos. Mas como eu, eles também parecem ter suas próprias coisas pra cuidar. Alguns deles aparecem de vez em quando e mesmo que por breves momentos, me enchem de alegria e me fazem sentir novamente aquecida.

Enquanto outro Verão não vem, revejo as boas lembranças. Quem sabe assim o tempo não passe mais rápido e eu possa assim novamente encontrar o sol e meus amigos. Ou pelo menos alguns deles, os que sobreviverem ao Inverno rigoroso.

Por enquanto, fico com a saudade. Saudade do Verão...

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