terça-feira, setembro 28, 2010
Manual do eleitor feliz
(Aviso: Se você não gosta de política, acha que todos os políticos são ladrões e analfabetos e que nada adianta votar nesse ou naquele candidato, esqueça esse post e clique aqui.)
Minha mãe sempre me disse que pra ser feliz eu deveria estudar bastante, batalhar pelas coisas que eu queria e nunca desistir. Minha mãe é bem clichê acho, porque ela não é muito diferente de todas as outras mães. Assim como são clichês as pessoas de bem que seguem o conselho de mães como a minha e batalham, e estudam, e correm atrás do que querem com muito esforço.
Conheço muitas dessas pessoas, que buscam a felicidade correndo atrás dos seus sonhos, sem desistir, levantando sempre que levam um tombo. O que me intriga é ver muitas destas mesmas pessoas repetirem clichês nada saudáveis. Clichês como o de que político é tudo igual, que não adianta votar nesse ou naquele, porque nunca vai mudar. O que faz essas pessoas tão batalhadoras, desistirem de fazer sua parte na hora do voto e jogar fora todo o esforço que elas empenham para serem felizes?
Outro dia entrei numa discussão sem fim com uma pessoa que dizia que votaria no Tiririca, no Maguila ou na Mulher Pera acreditando que seria esse um voto de protesto. Pra mim isso soa tão absurdo quanto soaria se eu, ao me sentir indignada com a falta de segurança em minha cidade, decidisse pendurar na porta da minha casa uma placa com os dizeres "Como forma de protesto esta casa está oficialmente aberta à assaltos. Sr. Bandido, a chave se encontra debaixo do capacho." Que espécie de protesto é esse que tira o dinheiro que pagamos em impostos da mão de supostos políticos corruptos e põe na mão de pessoas comprovadamente incapazes de administrar cidades, estados que o dirá um país? E o que garante a esses "protestantes" que essas pessoas, inicialmente apenas incapazes, não se tornarão após eleitos os mesmos corruptos, nepotistas e sanguessugas do dinheiro público?
O sistema político brasileiro está sim muito comprometido. A grande maioria dos nossos representantes está envolvida em conchavos, acordos e negociatas visando o benefício deles próprios ao invés do benefício da coletividade que o elegeu. Mas existe sim uma minoria interessada em trabalhar de verdade para melhorar a qualidade de vida de todos.
Se você chegou a ler até aqui, é porque deve se interessar um tiquinho que seja por política, não? Então porque não pesquisar antes de votar no próximo domingo? Aproveite a internet! Até mesmo o Youtube, o mesmo que você usa pra ver vídeos bobos, está cheio de vídeos com opiniões de especialistas sobre como votar, as mais diversas opiniões sobre política, entrevistas e debates com candidatos. Fica a dica. Mas se te bater aquela preguicinha você ainda pode clicar aqui.
Eu sinceramente não pretendo desistir de tentar, a cada nova eleição, escolher candidatos que melhor me representem. Não procuro por super heróis que resolvam tudo da noite pro dia. (Eu não sou perfeita, porque eles deveriam ser?) Fico bem satisfeita se o cara for lá e cumprir com o combinado, sem escândalos, sem negociatas, sem falcatruas. E se os meus candidatos escolhidos não atenderem às minhas expectativas? Tento de novo na próxima eleição. Mas desistir, nunca.
Minha mãe me ensinou bem o clichê.
Marcadores: desabafos, indignação
Manual do eleitor feliz (versão 2)
- Vote nulo.
- Deixe o exercício eleitoral para quem realmente se interessa por ele.
- Abra mão de controlar para ser controlado.
Escolha uma das opções ou todas. Se nenhuma delas agradar, clique aqui.
Marcadores: desabafos, indignação
quarta-feira, maio 19, 2010
Sonhos impossíveis
De repente me peguei imaginando como seria se eu realmente pudesse estar aí. Aparecer no meio da noite quando você mais precisa e menos espera.
Imaginei como seria o abraço gostoso e quentinho. Um beijo, na testa mesmo, cheio de carinho. Ou no olho, que eu adoro beijo no olho! Deitar sua cabeça no meu colo, te fazer um cafuné. Talvez cantar uma música pra você dormir. E esperar. Esperar o seu cansaço e tudo o mais ir embora. Esperar você pegar no sono. Um sono de sonhos doces. Merecido sonho.
Me acha boba por imaginar o impossível? Pode ser. Sou boba mesmo, sempre fui. Boba por querer o que não posso ter. Mas imaginar o impossível, às vezes faz tão bem...
"Boa noite", eu te digo agora. E vou eu mesma, com um sorriso no rosto e na alma, sonhar com o impossível.
Imaginei como seria o abraço gostoso e quentinho. Um beijo, na testa mesmo, cheio de carinho. Ou no olho, que eu adoro beijo no olho! Deitar sua cabeça no meu colo, te fazer um cafuné. Talvez cantar uma música pra você dormir. E esperar. Esperar o seu cansaço e tudo o mais ir embora. Esperar você pegar no sono. Um sono de sonhos doces. Merecido sonho.
Me acha boba por imaginar o impossível? Pode ser. Sou boba mesmo, sempre fui. Boba por querer o que não posso ter. Mas imaginar o impossível, às vezes faz tão bem...
"Boa noite", eu te digo agora. E vou eu mesma, com um sorriso no rosto e na alma, sonhar com o impossível.
Marcadores: coisas boas
terça-feira, maio 04, 2010
Offline
"... Bom, eu não quero te atrapalhar."
"Imagina! Eu demoro pra responder mas sempre respondo."
"É verdade, você sempre responde. O único problema é se, hora dessas, você responder e eu já estiver offline..."
domingo, abril 25, 2010
Vozes
Hoje, como em todos os dias, eu acordei alegre com a vontade de falar com você. Eu sempre tenho vontade de falar com você, de ouvir sua voz... Sempre. Mas aí percebo que você não está lá pra falar comigo e me entristeço.
Não entendo o que fiz de errado. Ou serei eu simplesmente errada, portanto não merecedora? O que é preciso ser, fazer, estar pra merecer? Onde é que eu consigo um manual?
Me falaram pra guardar a felicidade numa caixinha dourada, porque outras ainda viriam. Assim eu o fiz. Mas a caxinha que era dourada apodreceu e amarelou. Ficou sem formato, sem sentido, sem gosto, sem cheiro, sem vida. Não significava mais nada. Joguei-a fora. Agora não tenho mais nada, é verdade. Mas de que adiantaria guardar, se ela não me dizia mais nada?
Agora só me sobraram sorrisos vazios e vozes metálicas. Sinto tanta falta de ouvir sua voz...
Não entendo o que fiz de errado. Ou serei eu simplesmente errada, portanto não merecedora? O que é preciso ser, fazer, estar pra merecer? Onde é que eu consigo um manual?
Me falaram pra guardar a felicidade numa caixinha dourada, porque outras ainda viriam. Assim eu o fiz. Mas a caxinha que era dourada apodreceu e amarelou. Ficou sem formato, sem sentido, sem gosto, sem cheiro, sem vida. Não significava mais nada. Joguei-a fora. Agora não tenho mais nada, é verdade. Mas de que adiantaria guardar, se ela não me dizia mais nada?
Agora só me sobraram sorrisos vazios e vozes metálicas. Sinto tanta falta de ouvir sua voz...
Marcadores: saudade
quinta-feira, fevereiro 25, 2010
Saudade
Saudade
Do abraço gostoso que nunca ganhei
Do sorriso lindo que nunca vi
Da voz macia que nunca ouvi
Da canção que nunca cantei
Saudade
Saudade
Dos seus dedos nos meus cabelos
Dos meus dedos enrolados com os teus
Do frio na barriga
Do coração saltando pela boca
De contar os minutos pra te ver
Saudade
Saudade de ouvir você cantar, me cantar
Saudade de ser eu, inteira
Que sem você eu nunca fui
Saudade de você, de mim e de ninguém
Saudade
Saudade difícil de explicar
Do abraço gostoso que nunca ganhei
Do sorriso lindo que nunca vi
Da voz macia que nunca ouvi
Da canção que nunca cantei
Saudade
Saudade
Dos seus dedos nos meus cabelos
Dos meus dedos enrolados com os teus
Do frio na barriga
Do coração saltando pela boca
De contar os minutos pra te ver
Saudade
Saudade de ouvir você cantar, me cantar
Saudade de ser eu, inteira
Que sem você eu nunca fui
Saudade de você, de mim e de ninguém
Saudade
Saudade difícil de explicar
Marcadores: saudade
quinta-feira, janeiro 07, 2010
Lágrima seca
E de repente, uma lágrima rolou.
Do olho molhado para o coração seco, a lágrima rolou. Rolou desesperada como se seca ela mesma fosse ficar. Evaporar. Inexistir.
E evaporou.
E inexistiu.
Só ficou a saudade do gostar.
Do olho molhado para o coração seco, a lágrima rolou. Rolou desesperada como se seca ela mesma fosse ficar. Evaporar. Inexistir.
E evaporou.
E inexistiu.
Só ficou a saudade do gostar.
Marcadores: saudade